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O Ar que Respiramos Artigos próprios

O Ar que Respiramos

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Por Leonardo Rosa Andrade, 29/08/2022.

Desde que nos entendemos por gente, e que damos os nossos primeiros passos na escola, aprendemos que precisamos cuidar da nossa higiene, que precisamos consumir água filtrada ou fervida e que os nossos alimentos precisam estar bem cozidos, tudo isso, em nome da nossa saúde.

O que às vezes passa despercebido, é um fator que, em termos práticos, é até muito mais importante do que os aspectos acima mencionados, que é, o ar que respiramos. Quando digo que este aspecto é muito mais importante, me refiro ao fato de que, apenas dois minutos sem respirar já podem ser suficientes para provocar um desmaio. Períodos maiores do que este podem desencadear lesões cerebrais e paradas cardíacas, o que pode resultar em óbito.

Isso ocorre, pois, a falta de oxigênio no sangue faz com que os nossos órgãos vitais tenham mau funcionamento, e como consequência imediata, há a ocorrência de processos isquêmicos que causam a morte dos tecidos, e que, por conseguinte, podem levar o indivíduo a óbito em poucos minutos.

De posse dessa informação, nos resta questionar: o que tem no ar que respiramos? A nossa saúde é afetada de alguma forma pelo ar que respiramos? O que podemos fazer para prevenir a ocorrência de doenças respiratórias associadas à poluição?

Para a primeira questão, podemos trazer algumas informações clássicas muito bem exploradas pela física. A nossa atmosfera é composta por uma mistura de gases, vapor d’água e partículas sólidas em suspensão, e que estão sofrendo constantemente os efeitos da força gravitacional. Assim sendo, aproximadamente 90% da massa total da atmosfera se encontra nos primeiros 20 km de altitude e cerca de 99,9% nos primeiros 50 km, o que nos permite dizer que, quanto maior é a altitude, menor é a concentração de gases, numa relação direta com a pressão atmosférica.

Do primeiro questionamento é ainda possível inferir que, pela ação gravitacional, a maior parte dos gases e partículas presentes na atmosfera tendem a se concentrar próximos ao nível do solo, e, em decorrência disso, temos que os gases poluentes, e, as partículas sólidas suspensas, também terão concentração mais elevadas em altitudes mais baixas.

Quanto à segunda questão, a resposta é, SIM. Na atmosfera, é comum encontrar gases, seja de origem natural, seja de origem antrópica, que têm efeitos tóxicos à saúde humana, e que podem, a depender da dosagem e do tempo de exposição, ocasionar doenças graves no ser humano e em outros seres vivos. Nas últimas décadas, os cientistas têm cada vez mais alertado a sociedade sobre os agravos à saúde que os poluentes atmosféricos podem ocasionar, sendo que em 22 de setembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a informação de que, a poluição atmosférica já é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras ao ano em todo o mundo, se equiparando por exemplo, ao tabagismo e aos maus hábitos alimentares.

Por fim, quanto ao último questionamento, não há uma resposta simples e absoluta, mas a resposta possível de ser fornecida é a de que, dever-se-ia ocorrer um esforço global no sentido de combater a degradação ambiental, os incêndios florestais e que no menor intervalo de tempo possível, possamos encontrar fontes energéticas mais limpas, uma vez que, a emissão de poluentes atmosféricos não afeta de forma direta tão somente o clima global, mas também, a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

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